São Rufo e São Zózimo

18 de Dezembro

O eremita São Zózimo dá a Comunhão a Santa Maria do Egito no deserto
Desenho do final do Século XVII

São Rufo e São Zózimo pertenciam ao número dos discípulos do Senhor. Segundo a tradição, foram os fundadores da Igreja de Cristo entre os judeus e os gregos. A notícia que temos sobre estes dois santos nos veio através de São Policarpo, o qual refere-se a eles na sua carta aos filipenses: Estou muito satisfeito convosco em Nosso Senhor Jesus Cristo, por terdes recebido os modelos da verdadeira caridade. Eu vos exorto a obedecerdes e a exercerdes a vossa paciência, aquela que tendes visto com vossos próprios olhos, não só nos bem-aventurados Inácio, Rufo e Zózimo, mas também em outros vossos concidadãos, no próprio Paulo e nos outros apóstolos. Estejam certos de que todos estes não têm corrido em vão, mas na fé e na justiça, que eles estão juntos do Senhor, no lugar que lhes é devido pelos sofrimentos que suportaram. Porque eles não amaram o século presente, mas Aquele que por nós morreu e que para nós foi ressuscitado por Deus. (Apud Mário Sgarbossa, op. cit., p. 406). Sofreram o martírio provavelmente entre os anos 107 e 118, em Filipos, na Macedônia. A comunidade de Filipos foi fundada por São Paulo; surgiu como a primeira comunidade cristã em solo europeu. Conta-se que esses dois mártires estavam na companhia de São Paulo e Santo Inácio quando fundaram a primitiva Igreja entre os judeus e gregos, em Filipos, na Macedônia, porém as informações que se tem quanto a suas biografias não são muito certas. Deram testemunho de Cristo e foram martirizados juntamente com Santo Inácio de Antioquia, sendo lançados às feras no ano 107. Deus, nosso Pai, São Rufo e São Zózimo foram atraídos pelo Mestre e se tornaram colaboradores dos apóstolos na implantação do Reino de Jesus no meio dos homens. Animados pela fé, deram testemunho de Jesus com a própria vida. Toda a Igreja hoje se prepara para as festas do Natal do Senhor, esperança dos corações aflitos e atribulados, penhor de justiça e de paz, para um mundo desnorteado por conflitos, despojados de valores espirituais e de sentido de vida. A exemplo de São Rufo e de São Zózimo, trabalhemos para a implantação do Reino de Deus em nossos corações e no coração da história humana.