Nota de Repúdio – Arquidiocese de São Paulo

Em nota divulgada no dia 12 de setembro último, a Arquidiocese de São Paulo – através da assessoria de imprensa – repudia o texto escrito por Marcos Pereira, presidente do PRB, no blog que possui no portal “r7.com”. Marcos Pereira é pastor da Igreja Universal e, atualmente, também coordenada a campanha de Celso Russomano para a Prefeitura de São Paulo.

Na postagem, publicada em maio de 2011 e mantida até hoje (“Qual o futuro da educação no Brasil?”), o presidente do PRB faz críticas infundadas à Igreja Católica.

 

Curia Metropolitana de São Paulo

NOTA DE REPÚDIO

O “Pastor” Marcos Pereira, presidente do Partido Republicano Brasileiro (PRB), do candidato à Prefeitura de São Paulo, Celso Russumano, partido que é manifestadamente ligado à Igreja Universal, publicou no seu Blog, em um site vinculado ao portal da Record, uma série de ataques à Igreja Católica (“Qual o futuro da educação no Brasil?” – R7). Numa clara demonstração de destempero, ele atribui à Igreja o tal “kit gay” do governo e se coloca totalmente contra o ensino religioso nas escolas, esquecendo-se que o “Acordo Brasil-Santa Sé” poderá ser interpretado a favor de todas as religiões. E não se impõe a ninguém, sendo a matrícula de livre escolha.

Qual seria o motivo para ataques tão gratuitos, infundados e ridículos à Igreja Católica em tempo de Campanha Eleitoral? Lamentavelmente, se já fomentam discórdia, ataques e ofensas, sem o Poder, o que esperar, se o conquistarem, mesmo parcialmente, pelo voto? É pra pensar!

Levou tempo e custou caro o retorno do Brasil à normalidade democrática. Vidas foram ceifadas até que os direitos mais elementares negados pelo regime militar fossem novamente respeitados.

Entre esses direitos, a reconquista do direito de expressão, de manifestação do pensamento, foi a mais festejada. Por isso mesmo, esse direito figura hoje entre os que mais são proclamados e defendidos. Até mesmo quando se ouvem ou se lêem posicionamentos ridículos, confusos, desrespeitosos e sem fundamento algum, como os de Marcos Pereira.

Ele se pavoneia gritando um currículo invejável, como se isso lhe desse o direito de falar inverdades, para não dizer bobagens.

Deliciem-se os que gostam de perder tempo com as elocubrações fantasiosas de Marcos Pereira. Atribuir o malfadado “Kit Gay” e os males da educação no Brasil à Igreja Católica não faz nenhum sentido e cheira a intolerância religiosa, que nunca foi e nem deverá ser alimentada ou incentivada. Atribuir esses males à influência do Vaticano é um disparate tão grotesco que, sendo verdade o tão propalado currículo, o dono dele deve ter passado por um devaneio.

No seu destempero, Marcos Pereira vai mais longe, criticando o ensino religioso nas escolas, embora se afirme “Pastor”. Ele se bate contra a ditadura das minorias e nega o direito da maioria católica, que paga impostos e quer uma educação integral para seus filhos, educação intelectual, moral e religiosa. Queira ou não o nobre “jurista”, os católicos ainda somam mais de 60% da população brasileira (dados do IBGE 2010).

Assessoria de Imprensa da Arquidiocese de São Paulo

 

Texto do site da Arquidiocese de São Paulo