Crescer na Fé, a exemplo dos Santos e Santas

Dom Edmar Peron

Temos visto, em nossos dias, uma crescente devoção aos santos e santas, homens e mulheres de fé, que viveram neste mundo a vida de cada dia por causa de Cristo e de seu Evangelho. Eles já chegaram à “cidade do céu, a Jerusalém do alto, nossa mãe. […] Para essa cidade caminhamos apressados, peregrinando na penumbra da fé” (Prefácio). Como lemos no Evangelho, Mateus 5,1-12, “os nossos irmãos, os santos”, foram pobres, aflitos, mansos, justos, misericordiosos, puros de coração, promotores da paz, defensores da justiça, firmes na fé em Jesus Cristo. Enfrentaram a tribulação e saíram vitoriosos. Aguentaram firmes por causa de Cristo e receberam uma grande recompensa no céu. Eles são para nós “exemplo e intercessão”, e não somente intercessores. Podemos, certamente, pedir a intercessão de Maria, Mãe de Deus, e dos Santos e Santas; mas precisamos, principalmente, imitar seus exemplos. “Venerando a memória dos santos, esperamos fazer parte da sociedade deles” (SC 8).

Os santos, cada qual à sua maneira, revelam para nós a “plenitude da misericórdia de Deus”, o Santo; é essa graça, participar da misericórdia divina, que suplicamos “ao celebrar numa só festa os méritos de todos os Santos” (Oração do Dia). É Deus quem, em sua misericórdia, socorre os desesperados. Essa face de Deus é que podemos encontrar ao venerar Santa Rita, Santa Edwiges, São Judas Tadeu: “certos de que eles já alcançaram a imortalidade, esperamos sua contínua intercessão pela nossa salvação” (Sobre as Oferendas). E, desse modo, vamos caminhando, na esperança de passar da “mesa de peregrinos”, o Altar da Eucaristia, ao “banquete” do Reino dos Céus (Depois da Comunhão).

Enfim, nós gostamos de ter em nossas casas e em nossas igrejas os retratos dos santos, seus ícones, suas imagens ou estampas. E fazemos isso não por superstição ou para adorá-los. Não, absolutamente. Adoramos unicamente a Deus, a Santíssima Trindade. “Quadros e imagens são uma lembrança constante de como se vive o Evangelho de Jesus e que temos bons amigos e companheiros de caminhada que estão lá no céu, intercedendo por nós”, escreveu o padre Celso Pedro, em sua reflexão para o último Domingo (www.regiaobelem.org.br).

Encorajados pelo “exemplo e intercessão” dos Santos e Santas, busquemos cada dia crescer na fé; onde estivermos – na família ou no trabalho, na escola ou na diversão – sejamos testemunhas da fé. Fé “que recebemos da Igreja e sinceramente professamos, razão de nossa alegria em Cristo, nosso Senhor. Amém”.