Escola de Jesus

José Antonio Pagola

A situação que se vive hoje nas nossas comunidades cristãs não é nada fácil. No nosso coração de seguidores de Jesus surgem não poucas perguntas: onde reafirmar a nossa fé nestes tempos de crise religiosa? O que é o importante nestes momentos? Que temos de fazer nas comunidades de Jesus? Para onde temos de orientar os nossos esforços?

Mateus conclui o seu relato evangélico com um episódio de importância excepcional. Jesus convoca pela última vez os Seus discípulos para confiar-lhes a sua missão. São as últimas palavras que escutarão de Jesus: as que hão de orientar a sua tarefa e sustentar a sua fé ao longo dos séculos.

Seguindo as indicações das mulheres, os discípulos reúnem-se na Galileia. Ali tinha-se iniciado a sua amizade com Jesus. Ali tinham se comprometido a segui-Lo colaborando no seu projecto do reino de Deus. Agora vêm sem saber o que poderão encontrar. Voltarão a encontrar-se com Jesus depois da Sua execução?

O encontro com o Ressuscitado não é fácil. Ao ve-Lo chegar, os discípulos «prostram-se» ante Ele; reconhecem em Jesus algo novo; querem acreditar, mas “alguns vacilam”. O grupo move-se entre a confiança e a tristeza. Adoram-no mas não estão livres de dúvidas e insegurança. Os cristãos de hoje entendem-nos. A nós sucede-nos o mesmo.

O admirável é que Jesus não lhes reprova nada. Conhece-os desde que os chamou a seguirem-No. A sua fé continua a ser pequena, mas apesar das suas dúvidas e vacilações, confia neles. Desde essa fé pequena e frágil anunciaram a sua mensagem ao mundo inteiro. Assim saberão acolher e compreender a quem ao longo dos séculos viverão uma fé vacilante. Jesus os sustentará a todos.

A tarefa fundamental que lhes confia é clara: “fazei discípulos” vossos em todos os povos. Não os envia propriamente a expor doutrina, mas a trabalhar para que no mundo haja homens e mulheres que vivam como discípulos e discípulas de Jesus. Seguidores que aprendam a viver como Ele. Que O acolham como Mestre e não deixem nunca de aprender a ser livres, justos, solidários, construtores de um mundo mais humano.

Mateus entende a comunidade cristã como uma “escola de Jesus”. Seremos muitos ou poucos. Entre nós haverá crentes convencidos e crentes vacilantes. Cada vez será mais difícil atender a tudo como quisermos. O importante será que entre nós se possa aprender a viver com o estilo de Jesus. Ele é o nosso único Mestre. Os outros são todos irmãos que se ajudam e animam-se mutuamente a ser Seus discípulos.

Um Comentário

  1. Tânia Serrano Ramos
    jun 08, 2011 @ 20:26:45

    Quando eu quero falar com Deus, eu apenas falo;
    Quando eu quero falar com Deus, às vezes me calo.

    E elevo o meu pensamento, peço ajuda no meu sofrimento;
    Ele é pai, Ele escuta o que pede o meu coração.

    Quantas vezes falando com Deus, desabafo e choro;
    E alívio pro meu coração eu a Ele imploro.

    E então sinto a Sua presença, Seu amor, Sua luz tão intensa;
    Que ilumina o meu rosto e me alegra em minha oração.

    Quanta paz, quanta luz;
    Deus nos ouve, nos mostra o caminho que a ele conduz.
    Deus é pai, Deus é luz;
    Deus nos fala que a Ele se chega seguindo Jesus.

    É tão lindo falar com Deus, em qualquer momento;
    Deus que vê uma folha que cai e é levada ao vento.

    Não existe onde ele não esteja e Ele pode escutar nossa voz;
    Deus no Céu, Deus na terra, onde esteja, está dentro de nós.

    ( Bis)
    Quanta paz, quanta luz;
    Deus nos ouve, nos mostra o caminho que a Ele conduz.
    Deus é pai, Deus é luz;
    Deus nos fala que a Ele se chega seguindo Jesus.

    ………………………………………………. Erasmo e Roberto Carlos.