O texto deste domingo é de uma beleza e densidade que seriam necessários vários dias de reflexão e oração para interiorizá-lo.

A chave deste texto joanino bem como todo o seu evangelho é o AMOR!

O itinerário da ressurreição é a vivência do Amor que transforma a vida de quem adere ao ressuscitado apesar dos desafios que escurecem as nossas vidas. O discípulo amado no evangelho de João é o modelo de discípulo que sempre o reconhece e não o nega nem abandona nunca.

Os outros, como nós, vão fazendo um itinerário no caminho da vida entre seguir, negar e abandonar mas que são chamados amorosamente à fidelidade.

Depois de serem chamados a serem pescadores de gente, voltam a pescar; a noite é pesada, não conseguem nada, nem reconhecem o Senhor a beira da praia.

Só após a pesca assombrosa é que reconhecem o Senhor que os espera com alimento e os convida a comer, a partilhar a trazer parte de seu trabalho. A cena é eucarística.

O Senhor presente na vida de seu povo, com cuidado de quem alimenta e sustenta.

É preciso partilhar e acreditar, aceitar sua presença misteriosa e real, com as marcas da sua dor e do seu amor.

Pedro reveste-se e sem medo joga-se ao mar, para ir ao encontro do Senhor.

A sua primazia não é de precedência nem de poder, é de Amor gerado na coragem e na confiança no Ressuscitado.

A proclamação do Amor de Pedro a Jesus é comovente e restauradora, cura as feridas da tríplice negação, humaniza e tranforma.

Senhor, tu sabes tudo, Tu sabes que Te amo!